segunda-feira, 1 de junho de 2009

Eu tenho, ele não tem...


Além de carros e música, também tenho como hobby a fotografia. Não tenho dinheiro para comprar aquelas máquinas profissionais carésimas, com diversas lentes intercambiáveis, flashes, battery grip, etc., etc., etc., então me contento em tirar as minhas fotos com câmeras portáteis mas com alguns recursos um pouco melhorzinhos. No momento, estou com uma Canon Powershot com 10X de zoom ótico (zoom digital só serve para estragar a qualidade da foto).
Eis que eu tinha ido ao Templo Sagrado (a.k.a. Autódromo Municipal de Interlagos) acompanhar uma prova do Campeonato Paulista de Velocidade, mas especificamente a Classic Cup, onde correm só carros antigos, e estava vendo a prova no novo paddock coberto, sobre os boxes e de frente para o S do Senna. Eis que escuto barulho de pneus cantando, indício óbvio de derrapagem, e apontei a câmera para a entrada do S na esperança de uma boa foto de algum carro fritando os pneus dianteiros na freada da curva... só que o que eu registrei foi o Puma do Malanga logo após ele bater de traseira na proteção de pneus na parte externa da entrada da curva, onde antes começava o guard-rail externo da finada Curva 1 do traçado antigo. Observando-se a foto, pode-se ver o capô traseiro ainda voando pela área de escape.
Por que o título provocativo? Porque o fotógrafo que normalmente cobre essas disputas do Paulista, o ótimo Rodrigo Ruiz, estava fazendo fotos na mureta dos boxes e só pegou o acidente do ponto de vista de quem está na Reta dos Boxes, ou seja, "de frente". Esse ângulo de lado, que propicia melhor visibilidade do acidente, ele não pegou...
Não que eu queira me comparar ao Rodrigo, ele fotografa melhor que eu, seja pela técnica, pela prática ou até mesmo pelo equipamento, mas dá um gostinho bom ter uma foto dessas...
Abraço!

O sumiço do Senhor das Trevas


Percebí esse final de semana que já fazem uns 6 meses que não vejo o Senhor das Trevas.
Quem é o tal "Senhor das Trevas"?
Senhor das Trevas é o carinhoso apelido que dei para esse carro da foto acima, um Del Rey Executivo, transformação da SR Veículos Especiais (um braço da revenda Souza Ramos, então da marca Ford) feita nos anos 80, quando as importações estavam proibidas no Brasil. A necessidade dessa transformação decorria do fato que após 1982 (ano em que foi produzido o último Landau) a Chevrolet estava sozinha no mercado de veículos de maior espaço interno e luxo, com o Opala. O Del Rey "normal", por ter sido fortemente calcado no Corcel II, tinha um entre-eixos curto para oferecer o necessário conforto no banco de trás. Como a necessidade é a mãe da invenção, surgiram nessa época além da "limusine" Del Rey (entre aspas pois apenas 15cm a mais não caracteriza o carro como limusine) transformações feitas sobre o Monza - que ficou feio, em que pese eu ser fã do carro - e mesmo sobre o Opala - para aqueles saudosos da pujança do Landau.
Por que Senhor das Trevas? Além da pintura em preto fosco (ou sem ver cera há muito tempo), o tal carro só aparecia numa rua transversal à qual eu moro em dias de céu encoberto ou no crepúsculo, daí o singelo apelido.
Abraço!