segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vou comprar meu primeiro carro, e agora?

Olá leitores!

Essa é uma dúvida que atormenta muitos jovens que acabaram de tirar a carta de motorista. E sempre existe aquela terrível diferença entre o que se QUER e o que se PODE comprar. Querer todos queremos logo de cara comprar um Civic Si com 192 cavalos de potência para “ralar” o carro da maioria dos amigos e de quebra impressionar as meninas com o painel digital em dois planos. Porém, é um carro caro, de manutenção tão cara quanto, e com preço de seguro compatível com os preços citados anteriormente. O que fazer então?
Bom, essa não á uma pergunta com uma resposta simples e direta, então aí vai um passo a passo para não fazer uma grande bobagem:
1- Pesquise.
Sim, você terá de perder um tempo lendo. Leia os cadernos de automóveis dos jornais (geralmente saem às quartas feiras e aos sábados). Procure na internet os fóruns de donos do modelo que você quer comprar (dificilmente na imprensa sairão coisas como custos de manutenção e problemas recorrentes do modelo). Pesquise nas revistas especializadas os comparativos entre os modelos da faixa de preço que você quer comprar o carro. Quanto mais informações você tiver, melhor será a sua escolha.
2- Experimente.
No fundo, no fundo, carro é igual sapato. Comprar sem experimentar pode levar a dores de cabeça adiante. Cito o exemplo do VW Fox: quando entrei no carro no Salão do Automóvel de 2008, adorei o espaço interno e a posição de dirigir. Depois que andei no carro, odiei a suspensão dura, que “copia” todas as irregularidades do piso. Essa suspensão não seria um problema se tivéssemos um asfalto no padrão europeu, mas com as nossas crateras lunares... Portanto, aproveite os test-drives que as concessionárias oferecem para você conhecer o modelo. Se puder, alugue durante um fim de semana um carro igual em uma locadora. Verifique se o banco não vai te dar dores nas costas após uma hora ao volante, se existem regulagens de banco e volante que lhe permitam ficar confortavelmente instalado ao volante e ter acesso rápido a todos os comandos do carro, se o espaço entre os pedais é suficiente para seus pés se moverem de um para o outro sem enroscar, se o câmbio não tem engates difíceis, se a visibilidade para frente, para os lados e para trás é boa (lembre-se que VISIBILIDADE é um item de SEGURANÇA, portanto não entre na onda do vidro filmado), se o estepe é fácil de retirar em uma situação de emergência... Leva um tempo, mas quem tem pressa de fechar o negócio é o VENDEDOR, não você.
3- Garantia e preço das revisões.
Não pense que é comprar o carro e pronto, seus problemas acabaram. Carro tem que receber manutenção, preferencialmente a PREVENTIVA, pois como ela será feita antes que dê algum problema, ela sairá mais barata. Algumas fábricas estão estendendo o prazo da garantia e passam isso como uma grande vantagem para o consumidor. Efetivamente, na Europa, Japão e Estados Unidos isso É uma grande vantagem. Só que estamos no Brasil, e a coisa não é bem assim. Basta perguntar para os donos de carros da Hyundai se eles estão felizes com o preço das revisões de seus Azera, Vera Cruz e i30. E para manter a sua garantia de 5 anos, é obrigatório que se faça corretamente as revisões programadas. Como o importador resolveu ganhar muito dinheiro em cima da manutenção, tem muita gente vendendo seus carros quando chega na hora da revisão. Dê preferência para marcas que possuem preços tabelados para as revisões e fique muito atento a relatos da prática da “empurroterapia” por parte da rede autorizada. De uns tempos para cá, a Chevrolet está forte nesse quesito.
4- Não tenha pressa.
Carro não é um bem barato. No mínimo, você vai gastar 23 mil em um carro zero quilômetro. Lembre-se que a desvalorização de um carro nos dois primeiros anos é maior que nos anos subseqüentes, portanto prepare-se para ficar pelo menos por 3 anos com seu carro para não perder dinheiro no negócio. Já que você vai ficar esse tempo todo com o carro, compre o carro para VOCÊ, não pensando no que o futuro dono vai comprar. Se você quer um carro vermelho ou azul, e na concessionária só tiver o tradicional preto-prata-cinza-ratazana-de-esgoto, aguarde. Você pode aguardar dois ou três meses para a fábrica mandar o carro na cor do catálogo que você encomendou, mas você se sentirá muito mais satisfeito com o carro ao seu gosto.
5- Seguro.
Seguro, SEMPRE. Nas grandes cidades não tem como andar com carro novo sem seguro. Lembre-se que os preços variam de seguradora para seguradora e de acordo com o perfil do motorista. Um rapaz solteiro na faixa de 18 a 25 anos tem um perfil muito mais caro que uma mulher casada de 40 anos.
6- Pechinche.
Pesquisando, você pode comparar os equipamentos oferecidos pelos diferentes modelos, os seus preços, e com isso negociar com o vendedor um descontinho no preço do carro ou a inclusão sem custo adicional de algum acessório.
Bom, esse é um guia bem básico, mas os principais pontos estão aí.
Até mais!

2 comentários:

Paulo Mopar disse...

Gostei do seu blog,estava lendo o Auto Entusiastas como faço todo dia religiosamente,quando vi vc falando do seu blog.
Ta ai um blog leve sem muito compromisso apenas com o prazer de transmitir essa paixão por carros

Abraços Paulo Mopar

Reynaldo disse...

Tambem gostei do seu blog e acho que voce escreve bem, mas pouco,rsrs!
Parabéns e coloque mais posts