sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Como me interessei por Monza - parte I

Hoje em dia eu gosto muito do meu Chevrolet Monza, apesar de achar que falta um ar condicionado nele - o carro foi projetado pensando no clima europeu, e o interior dele é um tanto quanto quente no sentido termométrico da coisa. Mas nem sempre foi assim.
Antes de ter o carro, eu o achava bonito, mas não curtia essa concepção de tração dianteira. Claro, sempre admirei os carros com concepção clássica (motor dianteiro, tração traseira) ou os Fuscas e derivados (tudo atrás). Achava tração dianteira uma coisa boa para carros compactos, de menos de 4 metros de comprimento, mas acima disso não era a minha opção predileta.
Tudo começou quando em 2003 comprei um Fusca 1975 num dia 29/12 e ele foi furtado de frente de casa no dia 02/01 seguinte. Após o tradicional descaso para abrir o B.O. - fui na DP do Jardim França, na av. Água Fria, e apesar de dizerem que o sistema é informatizado (já o era naquela época) se recusaram a fazer o B.O. e me mandaram para a DP da Vila Gustavo, onde aguardei por no mínimo 3 horas para fazer o boletim de ocorrência pois os patetas estavam com um flagrante, e quando se está com um flagrante NADA acontece na delegacia, mesmo quando se via os policiais civís na salinha vendo TV. Nesse meio tempo, já tinha dado para desmontar o Fusca e espalhar as peças por uns 5 desmanches...
Passada a raiva pelo furto e a raiva pelo "brilhante" atendimento recebido daqueles que nos ignoram, apesar de serem os nossos impostos que pagam seus imerecidos (pela qualidade de atendimento) salários, começei a juntar novamente o dinheiro da PLR para comprar outro carro, desde que fosse daqueles pouco visados pelos amigos do alheio. Cheguei a 2 opções: Chevette Marajó e Ford Verona 2 portas (a primeira geração). A Marajó minha esposa descartou - ela adora Chevette, mas acha a Marajó muito feia -, então sobrou o Verona. Eu entraria com uma parte do dinheiro, minha esposa com outra, e uma tia dela emprestaria o restante a juros de cardeneta de poupança para concretizar o negócio à vista, em busca de fugir dos abusivos juros das financeiras e tentar conseguir um descontinho no preço. Havia tempo para isso...
Finalmente, somando todas as partes, chegamos a um consenso quanto ao preço: por volta de 6 mil reais, já calculando que um carro bem usado precisa de uma série de manutenções em ítens de segurança (freios, suspensão, transmissão, quiçá motor) para se tornar confiável, portanto havía uma margem de segurança financeira para a compra e posteriores reparos.
Após uma certa procura (uns meses, muito criteriosos), encontramos uma opção: Verona LX 92, 1.6 - aquele com o tradicional motor Ford herdado do Renault 12 - Corcel I - , por 6.200 reais, verde. Fomos na loja, e o carro não estava tão bem como na foto. Tinha um "primo" dele na loja, um Apollo 92, vermelho. Esse tava pior ainda, com monobloco visualmente empenado. Desistimos.
Andando pela Av. Guapira, na ZN de SP, encontramos outra loja com um Verona 91, verde mais claro que o outro, só que GLX, com motor de Santana e câmbio de Golf, pois a Ford não tinha um câmbio transversal que suportasse o torque superior do AP 800. Show! Mas Murphy não se engana, e o carro - que tinha ficado 3 meses na loja - foi vendido antes que voltássemos lá pra fechar o negócio.
Aí, em outra loja, encontramos o Monza. Mas isso é papo para outro post!
Abraços!

Nenhum comentário: